Dirigente da OAB comenta o descaso das autoridades

Estimado em mais de R$ 100 bilhões, o montante de precatórios devidos pela União, Distrito Federal, Estados e Municípios não tem previsão de pagamento. O advogado Flávio Brando, membro da Comissão Especial de Defesa dos Credores Públicos (Precatórios) da OAB Nacional (Ordem dos Advogados do Brasil), comentou o descaso das autoridades em relação aos precatórios. “Pagar dívidas judiciais não dá comissão para político corrupto, ou seja, não dá para roubar”, afirmou o dirigente da OAB no dia 25/7. Saiba mais.

O dirigente da OAB Nacional citou também a impunidade. “Os administradores públicos não se preocupam em quitar as dívidas dos precatórios porque a falta de pagamento não acarreta conseqüências.” Flávio Brando afirmou ainda que o calote dos precatórios existe porque “pagar dívidas judiciais não dá voto e, além disso, não dá para os governos trocarem os pagamentos por favores políticos porque há uma ordem cronológica de pagamento inviabilizando os acordo”. O calote dos precatórios já é estimado em mais de R$ 100 bilhões. Só no Rio de Janeiro, o Estado deve em precatórios R$ 2 bilhões – este ano, as dívidas novas somaram R$ 260 milhões até o início do mês. Em São Paulo, o montante da dívida é de R$ 25 bilhões. No Rio Grande do Sul, os débitos do Estado se aproximam dos R$ 3 bilhões. Nenhum valor é pago desde 1998.

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