Professores pedem audiência e cobram reajuste salarial de 36%

Os professores estaduais fazem até sexta-feira, dia 14/9, protesto em frente à Secretaria da Educação, na Praça da República (região central de São Paulo), para pressionar o governo a atender reivindicações como reajuste de 36%, incorporação das gratificações e extensão aos aposentados e piso do Dieese (de R$ 1.733,88 em agosto). A categoria não concordou com o pacote de benefícios anunciado pelo governo no mês passado e ameaça cruzar os braços se não houver negociação. Saiba mais.

No pacote de benefícios anunciado pelo governo no mês passado estão previstas incorporação de duas gratificações para ativos e aposentados e criação de outras duas (para cargos de supervisão, direção, coordenação e secretário de escola), um mês de licença-prêmio em dinheiro, bônus antecipado e abertura de concursos. Mas a categoria não concorda com a proposta. Segundo representantes do magistério, a idéia é manter “acampamento” na porta da secretaria até sexta-feira, dia em que pode ser deflagrada greve por tempo indeterminado caso não haja nova negociação. No último dia 24, mais de 40 mil professores se reuniram na Praça da Sé para protestar contra o pacote do governo. Desde março, data-base do funcionalismo, a categoria está mobilizada. Procurada, a secretaria não comentou o ato, mas informou em nota que já se reuniu com todas as entidades do funcionalismo duas vezes, sem contar reuniões com representantes da Secretaria de Gestão. No primeiro dia do ato (segunda-feira, dia 10/9), manifestantes afirmaram que a PM impediu a montagem de tendas na praça. Roberto Guido, diretor da Apeoesp, conta que foi detido por desobediência. Porém, foi solto a seguir. “A polícia queria mandado judicial para um ato local público. Já acionamos a Justiça para garantir o movimento”, diz. A PM informou que o ato contou com 20 manifestantes e não houve registro de ocorrência. O presidente da Apeoesp, Carlos Ramiro de Castro, o Carlão, diz que em vez de negociar, o governo quis acabar com a mobilização. “Com barraca ou sem barraca, vamos continuar”.

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