Professor da rede estadual critica critério do bônus

As novas regras para pagar o Adicional de Local de Exercício (ALE) aos professores e servidores da rede estadual de ensino prejudicaram algumas escolas da periferia. De acordo com a Apeoesp, existem unidades no mesmo bairro que não são beneficiadas com as medidas. Para a entidade, a Secretaria de Educação não tem padrões para estabelecer o adicional. A gratificação é dada para quem trabalha em área de risco.

Com as mudanças, a Secretaria da Educação paga o adicional em áreas de média e alta vulnerabilidade, segundo estudo da Fundação Seade. São classificados desta forma os bairros com grande concentração de pessoas de baixa renda e baixo grau de escolaridade. Antes, o benefício era definido com indicações das Diretorias de Ensino.

“Entraremos com ação para questionar essas regras”, destacou o diretor da Apeoesp, Roberto Guido. Como exemplo, a entidade aponta as escolas Jardim Nazaré e Rosarita Torkomian, em Guaianazes, Zona Leste. Segundo o sindicato, só a segunda unidade foi contemplada.

A Secretaria contestou a Apeoesp. Informou que as duas escolas mencionadas ficam em regiões diferentes e utiliza os critérios do estudo do Seade para definir os locais.

O Painel do Servidor divulgou na semana passada, dia 1º de fevereiro, a medida anunciada pela Secretaria de Estado da Educação de reformular a gratificação de risco e difícil acesso, como as que apresentam deficiência em transporte coletivo, dos funcionários da Educação.

Segundo informações da Secretaria, a gratificação será dada a 74.468 servidores que trabalham em escolas que ficam em áreas consideradas de média, alta e muito alta vulnerabilidade, de acordo com o estudo da Fundação Seade, que determina o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social. São levados em conta, nesse estudo, além da renda das famílias, a idade e o grau de escolaridade.

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