Categoria ameaça greve em SP
Professores da rede estadual ameaçam parar amanhã, dia 4 de maio, caso o governo não atenda às reivindicações da categoria. Mudanças na lei que cria o SPPrev (Sistema de Previdência dos Servidores Públicos) apresentadas ontem pelo líder do governo paulista, deputado Barros Munhoz, aos professores da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) não foram suficientes para mudar a decisão da categoria. Os professores querem a garantia de que a contribuição à previdência não seja maior que 11% e querem discutir a situação dos colegas temporários. Saiba mais.
A medida do governo estadual de incluir os ACT (Admitidos em Caráter Temporário) no projeto não acalmou os professores. As entidades exigem que os contratados como temporários sejam efetivados. Atualmente, os ACT trabalham durante o ano letivo, mas não têm garantia de vaga no ano seguinte. Há 205 mil servidores nessa situação. Mais de 80 mil deles são professores. Outra alteração no projeto diz respeito ao número de representantes das entidades de servidores no Conselho de Representação da SPPrev. O projeto original previa que o conselho seria composto por seis membros do governo e dois dos servidores. Agora, serão sete de cada lado. Mesmo assim, o presidente do conselho ainda será escolhido pelo governo, o que gerou descontentamento entre as entidades de servidores. Questão que também preocupa os servidores é o aumento na taxa de contribuição de 6% para 11% ocorrido em 2004. As entidades temem que, com a criação do SPPrev, os aumentos voltem a acontecer. A Secretaria da Educação diz que analisa as propostas e entende que a greve é direito dos servidores.