Professor-coordenador trabalhará com crianças indígenas
Medida tomada pela Secretaria de Estadual da Educação representará importante novidade para o contingente de 1,5 mil crianças indígenas que estudam em 29 escolas estaduais. Elas serão supervisionadas e auxiliadas por professores-coordenadores, assim como os demais alunos da rede.
Com isso, os alunos terão um profissional para fazer a ponte entre o conhecimento formal e a cultura e as tradições de cada uma das cinco etnias presentes no Estado: kaingang, krenak, terena, guarani e tupi-guarani.
A partir deste ano, todas as escolas, entre as quais as de áreas indígenas, disporão de pelo menos um professor-coordenador. Esse profissional será responsável pela nova organização das escolas nas três áreas do conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias, ciências da natureza e ciências humanas e suas tecnologias. Nas unidades indígenas, precisam ter diploma em Curso Especial de Formação em Serviço de Professor Indígena, criado e organizado pela secretaria.
Licenciatura plena
São investidos anualmente R$ 7 milhões em cursos de formação de professores indígenas. Hoje, há no Estado 82 professores (todos índios) que atendem à educação básica (ensino fundamental e médio). Em abril, obterão a licenciatura plena em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), que mantém parceria com a secretaria para a formação e o acompanhamento da atividade educacional indígena.
O Estado de São Paulo é pioneiro no País na formação de professores indígenas, desde 1995, quando foi editado decreto federal que determina que um índio só seja educado por outro índio. Os 29 professores-coordenadores são indicados pelas próprias comunidades indígenas.
Fonte: Secretaria da Educação
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