Reajuste entra em vigor em setembro
Começam a vigorar em setembro os novos salários dos servidores estaduais. A medida anunciada no início de julho, pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin, elevou o piso salarial de R$ 400 para R$ 470 e reajustou os salários de diversas categorias. Essas correções variam de 5% a 59%, dependendo da área e do cargo ocupado. Dos 909 mil servidores beneficiados, 120 mil não terão reajuste salarial, mas receberão gratificações fixas que variam de R$ 70 a R$ 400. Para o presidente da FESSP-ESP (Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos no Estado de São Paulo), Lineu Mazano, o reajuste não agradou aos servidores. “Não houve nenhuma negociação na elaboração do projeto e a proposta do governador não nos satisfaz de forma alguma”, disse.
A grande queixa dos servidores está relacionada às gratificações. Desde 1994 o governo substitui os reajustes salariais por quantias em dinheiro chamadas de gratificações. O problema, no entanto, é que elas não são incluídas no cálculo da aposentadoria e não se estendem aos inativos. Os professores foram os que mais se mostraram insatisfeitos com o plano de reajustes do governo. Segundo Carlos Ramiro de Castro, presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo), os magistrados não receberam nenhum aumento real. “A proposta enviada à Assembléia Legislativa foi apenas uma reformulação do plano de carreira, que já estava acordada com o governo desde o ano passado”, explicou. Cerca de 10 mil servidores, entre eles os procuradores e fiscais de renda, não receberão reajustes nem gratificações neste projeto.
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