Servidores encerram movimento após 91 dias

Passados mais de três meses do início da greve, os servidores do Judiciário de São Paulo decidiram encerrar o movimento. Em assembléia realizada nesta segunda-feira, 27/9, na praça João Mendes, os servidores aceitaram a proposta do Tribunal de Justiça de São Paulo de reajuste salarial de 14,58%. Segundo os grevistas, o TJ paulista prometeu não descontar os dias de paralisação, em troca da volta imediata ao trabalho e de mutirões para recuperar o tempo perdido pela Justiça durante a greve. A partir de amanhã os fóruns já devem ter o funcionamento normalizado.

A assembléia estava marcada inicialmente para quarta-feira (29/9), mas foi antecipada pelo comando estadual de greve. Para evitar punições, as lideranças grevistas decidiram encerrar a greve o mais breve possível. O reajuste de 14,58% vai atingir os 49.000 servidores ativos e inativos do Judiciário paulista. Atualmente, o menor salário é o de auxiliar judiciário (cerca de R$ 1,2 mil) e o maior o de secretário diretor geral (cerca de 11,39 mil), sem a aplicação do índice de reajuste. Essa foi a maior paralisação da história do Judiciário. O saldo da greve ainda não foi contabilizado, mas estima-se que nos 91 dias de paralisação cerca de 12 milhões de processos ficaram parados, 400 mil audiências deixaram de ser feitas e 600 mil sentenças não foram registradas. Para minimizar os efeitos da greve, os servidores propõem um esquema de mutirão em cada repartição, mas o presidente do TJ-SP quer que a compensação seja feita por meio do desconto sobre férias, licença-prêmio e FAM (Fator de Atualização Monetária).

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